‘El Arreglo’, dirigido por Fernando Ayala, a primeira vista é apenas um excelente “drama suburbano”, uma espécie de imersão do espectador, principalmente o estrangeiro, no dia a dia das camadas sociais mais pobres da Argentina do início dos anos 1980.
Entretanto, em verdade, trata-se de denúncia atemporal e
universal de uma pandemia que assola a humanidade desde remotas lembranças – a corrupção! O Bem Público que, volta e meia é afanado e usurpado como privado, pelos próprios
agentes que deveriam ser guardiões do interesse Maior.
Trata-se de um estudo cinematográfico bastante útil e artístico,
combinação atualmente cada vez mais rara em dias de arte cada vez mais supérflua.
A fábula é brilhantemente roteirizada. Os diálogos são calibradíssimos. E o elenco está bastante afiado para contar a estória de uma família, e de um bairro inteiro, que se veem obrigados a subornar um funcionário público, que fora encarregado de comandar a realização de um projeto que levará água para a localidade.
Todos tem direito à água, pois são contribuintes do Estado, mas, só a terá aqueles que concordarem em dar "um" por fora, ao micro-corrupto. O conflito do filme é instaurado quando o pai de uma das famílias se recusa a ser mais um micro-corruptor, negando-se a fazer parte do jogo que nutre o pernicioso sistema.
Hedre Lavnzk Couto
A fábula é brilhantemente roteirizada. Os diálogos são calibradíssimos. E o elenco está bastante afiado para contar a estória de uma família, e de um bairro inteiro, que se veem obrigados a subornar um funcionário público, que fora encarregado de comandar a realização de um projeto que levará água para a localidade.
Todos tem direito à água, pois são contribuintes do Estado, mas, só a terá aqueles que concordarem em dar "um" por fora, ao micro-corrupto. O conflito do filme é instaurado quando o pai de uma das famílias se recusa a ser mais um micro-corruptor, negando-se a fazer parte do jogo que nutre o pernicioso sistema.
Hedre Lavnzk Couto
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