domingo, julho 8

A BELA PERONISTA...


Uma jovem atriz apaixona-se por um sisudo general de meia idade. Juntos, formarão o casal protagonista do maior fenômeno político da vida nacional argentina – o peronismo.

‘Juan y Eva, Amor, Ódio, Revolução’, de 2011, é um filme ousado, que guarda achados dignos de entusiasmo. A diretora Paula de Luque, sem grandes estardalhaços, nos apresenta uma pintura muito peculiar, da cada vez mais desconhecida e ficcional estória de amor vivida entre Juan Perón e Evita Duarte.

A surpresa do filme é a boa Julieta Díaz, que constrói uma Eva consistente. E Belíssima. Outros bons destaques são a fotografia e a música. O roteiro, não é o melhor elemento do filme.

Tchau!

Hedre L. Couto

sábado, julho 7

ÉPICO...


foto: divulgação

Senhoras e senhores, ‘Revolución, el Cruce de los Andes’, é a minha dica de hoje.  

Esse épico teve estreia em 2011, integrando assim os feitos comemorativos do segundo bicentenário da independência argentina.

Realização da tv pública daquele país, o longa é dirigido por Leandro Ipiña,  que oferece aos espectadores  versão da histórica façanha militar protagonizada por José de San de Martín, que, em 1817, conduzindo um exército cruzou a Cordilheira dos Andes, indo da região de Cuyo até o Chile, para lá enfrentar a coroa espanhola.

O filme interessará mais àqueles que gostam de história.

Tchau!
H. L. Couto

sexta-feira, julho 6

TRAGICOMÉDIA


Do ano de 1982, ‘Plata Dulce’, é o excelente filme argentino que indico a vocês, nesta sexta-feira, caros leitores.

Da lavra do diretor Fernando Ayala, com atuações magistrais dos grandes Frederico Luppi e Julio de Grazia, Plata Dulce é uma Tragicomédia indispensável para todos aqueles que desejam conhecer o melhor do cinema de los Hermanos e, claro, um pouco mais a respeito da história daquele país, às vezes, tão parecida com a trajetória da nossa própria realidade brasileira.

O enredo, trabalhado através de roteiro preciso, retrata a complicada crise econômica porque passou a nação argentina, quando da desenfreada realização de negócios transloucados, em decorrência de uma grande ilusão financeira, provocada pela então desvalorização do dólar.

Vejam! E até já.


Hedre Lavnzk Couto


foto: divulgação

quinta-feira, julho 5

"WESTERN ARGENTINO"



foto: www.aballay.com.ar


‘ABALLAY, EL HOMBRE SIN MIEDO’, é a dica cinematográfica desta quinta-feira.

No Oscar 2012, esse foi o representante argentino na disputa pela estatueta de melhor filme estrangeiro. Para tanto, este filme dirigido por Fernando Spiner, desbancou ‘Un Cuento Chico’, até então tido por muitos como favorito.


É uma obra curiosíssima, uma espécie de western argentino, cujo interessante resultado estético-dramático não pode deixar de ser conferido por aqueles que gostam do bom cinema.  


O filme recebeu boas críticas dentro e fora da Argentina. Mesmo assim, talvez aí por questões de distribuição e divulgação, a boa impressão artística não se converteu em sucesso de bilheteria - tal qual o acontecido com ‘El Secreto de sus Ojos’ -, Aballay, no seu primeiro mês em cartaz, foi visto por apenas 20 mil argentinos.

Infelizmente, o filme não chegou aos cinemas de Salvador.

ps.: E, sim, vou escrevendo sobre cinema porque não há peças de teatro no momento.

Hedre Lavnzk Couto

quarta-feira, julho 4

FESTIVAL DE CINEMA ARGENTINO




divulgação

Amigos, durante duas semanas, a começar de hoje, este blog indicará, diariamente, um filme argentino.

A dica desta quarta-feira é  'ESPERANDO LA CARROZA', filme de 1985. 
Dirigido por Alejandro Doria, essa é uma preciosa comédia de costumes, inspirada em peça teatral homônima, de autoria do uruguaio Jacobo Langsner.

Trata-se de uma película extremamente popular na Argentina. Daqueles filmes vistos e revistos através das diferentes gerações. O que só vem a atestar sua qualidade perene de obra de arte, sustentada por uma performance impagável de seus ótimos atores, exímios dominadores do gênero cômico.


Divirtam-se. E até já!



H. L. Couto


sexta-feira, junho 29

O TEATRO DE GARCIA LORCA, SEGUNDO PERNAMBUCO


Já nas duas noites seguintes ao feriado do 2 de julho, os soteropolitanos poderão conferir o premiado espetáculo pernambucano ‘Um Rito de Mães, Rosas e Sangue’. Salvador será o ponto de partida da turnê nacional da encenação, que surgiu como pretexto para homenagear os 75 anos de desaparecimento do dramaturgo Frederico Garcia Lorca.

‘Bodas de Sangue’, ‘A Casa de Bernarda Alba’ e ‘Yerma’, são as obras tomadas de empréstimo pelo diretor Claudio Lira, que construiu uma ousada adaptação cênica, partindo da fusão das consideradas três tragédias rurais do aclamado poeta espanhol.

Com uma proposta estética ritualística, a peça desenvolve-se ao longo de três quadros, metaforicamente ambientados em tempo e espaço distantes. “A pintura do desejo de se investigar a arrebatadora vastidão da morte”, nas palavras do próprio Lorca; tal poderá ser a impressão do espectador ao se deparar com a narrativa de 'Um Rito de Mães, Rosas e Sangue', que promete esmero em descortinar personagens num constante jogo de imposições de memórias, desejos, fantasmas, infortúnios, maldições e claustrofobia.

Num primeiro olhar, o que mais cativa no espetáculo é a plástica. O que sugere atenção especial à cenografia de Sandra Rino, à iluminação de Luciana Raposo, e o figurino de Luciano Pontes.

Os textos de Garcia Lorca são fortes, consistentes. O teatro de Pernambuco tem tradição. Tradição por fazer teatro com ‘teatralidade’, o que, em verdade, é o único tipo de teatro que ainda guarda algum sentido nos dias de hoje. Além disso, em tempos de pobreza cênica tão aguda, pode ser muito interessante ver um elenco com dez atores em cena.
fotos: Tuca Siqueira

Onde: Teatro do Movimento - UFBA
Endereço: Av Adhemar de Barros,S/N - Campus de Ondina - Salvador
Contato: danca@ufba.br Telefone: 55 (71) 3245.6412
Quando: dias 03 e 04 de julho – Terça e Quarta às 20h
Quanto: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada)
Recomendação: 16 anos
Lotação: 120 Lugares


Hedre Lavnzk Couto



sexta-feira, junho 8

"VAMOS, PENELOPE, DEIXEMOS PRA LÁ ESSA DROGA DE POLITICAMENTE CORRETO!"

Roma Polanski, com o seu filme 'Deus da Carnificina', aplica um contundente soco no estomago desta verdadeira pandemia cultivada por bilhões de idiotas em todo o mundo - o politicamente correto. Se alguém já disse que, entre nós do Brasil, os imbecis perderam a timidez e agora aparecem senhores dos maiores cargos públicos ou privados, essa peça teatral de Yasmina Reza, agora na telas do cinema, é um delicioso tratado, cinematográfico, de que a inteligência ainda pode resgatar-se dos grilhões dessa nossa época dominada pelos estúpidos crônicos.

O forte do filme são os fascinantes diálogos, impecavelmente esculpidos pela atuação dos quatro atores Kate Winslet; Cristoph Waltz; Jodie Foster e john Reilly. Nestes tempos onde não se encontra teatro bom em Salvador nem pra remédio, ir ao cinema e constatar essa empolgante obra, de 80 minutos, originada de um bom texto teatral, é reconfortante.

Corram aos cinemas! E salvem-se.